Artigo Retirado da página do HEMOPA
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Hemopa faz cadastro para REDOME
Desde janeiro de 2002, que a Fundação Hemopa é referência para cadastramento de candidatos a doadores de medula óssea no Estado do Pará, no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME), que funciona no Instituto Nacional do Câncer (INCA), no Rio de Janeiro, e que atualmente possui 1,4 milhão de possíveis doadores.
A medula óssea é um tecido esponjoso que ocupa a cavidade dos ossos e produz todas as células do sangue. No caso das leucemias, mielomas, linfomas e outras neoplasias do sangue cujo tratamento com quimioterapia, radioterapia e/ou medicamentos não deu resultado, a única alternativa é fazer transplante de medula óssea, que proporciona resultados duradouros e superiores às terapêuticas convencionais.
Para fazer o cadastro, o candidato à doação assiste palestra sobre o tema e, se concordar, faz coleta de uma pequena quantidade de sangue para exames realizados no Laboratório de Imunogenética (LIG), que identifica a tipagem de medula óssea. Essas informações são enviadas para fazer parte da lista nacional do REDOME. Por sua vez, o paciente que precisa encontra doador tem seus dados cadastrais inseridos no Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea (Rereme). Os dados genéticos são cruzados para verificar a compatibilidade entre doador e receptor.
Verificada a compatibilidade, o doador é convocado para fazer a doação de medula óssea. Quando não existe doador compatível no cadastro do REDOME, recorre-se a outra fonte de células-tronco para transplante de medula óssea. O sangue de cordão umbilical, que pode ser obtido na BrasilCord, rede que reúne os Bancos Públicos de Sangue de Cordão Umbilical. Esgotada essa opção, começa a busca nos bancos de medula internacionais.
No Brasil, as chances de encontrar uma medula compatível de doador não aparentado é, em média, de uma a 100.000. E para encontrar medula compatível de doador aparentado é de aproximadamente 30%. A dificuldade deve-se sobretudo a miscigenação de raças. Enquanto um paciente brasileiro leva cerca de 7 meses para encontrar doador compatível, no Japão, por exemplo, demora menos de um mês, pela baixa miscigenação da população.
Para melhorar essa situação, os organismos de saúde e entidade que congregam brasileiros com neoplasias do sangue fazem periodicamente campanhas nacionais e regionalizadas.
Quem pode ser um doador: Qualquer pessoa saudável com idade entre 18 e 55 anos é um doador em potencial. Basta ir ao hemocentro mais próximo de onde você mora e cadastre-se. Há duas formas de coleta de medula óssea: pode-se retirá-la dos ossos da bacia ou da corrente sanguínea do doador. A retirada do liquido dos ossos da bacia é a mais comum, é feita em centro cirúrgico e com anestesia. Fazem-se múltiplas punções com agulhas nos ossos e se aspira 10% da medula. O material é colocado em bolsas e injetado na veia do paciente.
A medula é rica em células progenitoras, que, uma vez na corrente sanguínea, se alojam na medula do doente e se multiplicam. A retirada não prejudica doador, pois a medula óssea se refaz em semanas. O doador fica hospitalizado por pelo menos 24 horas. Em geral, sente apenas desconforto na região puncionada por cerca de três dias e retoma suas atividades em uma semana.
As pessoas interessadas em doar medula óssea podem fazer cadastro no Hemopa, de segunda a sexta-feira, de 7h30 às 18h, e aos sábados, de 7h30 às 12h30.
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